Apartidarismo e suprapartidarismo: duas coisas muito distintas.
Quando cheguei ao Voto Consciente Jundiaí, levada por uma amiga em junho de 2010, tive a felicidade de conhecer, logo em minha reunião de estreia, além da liderança inspiradora do Henrique Parra Parra Filho, outras duas pessoas incríveis, carismáticas e igualmente inspiradoras. Eram Celina Marrone, hoje diretora geral da ONG e Rosângela Giembinsky, uma das principais lideranças do movimento em São Paulo, Capital. Feliz encontro aquele, em que tive contato com o meu primeiro grande aprendizado: a diferença entre apartidarismo e suprapartidarismo.
Ser apartidário é não aderir a nenhum partido político, porém devemos lembrar sempre que, “todo apolítico é apartidário, mas nem todo apartidário é apolítico” e aqui entra em cena o suprapartidarismo e o grande ensinamento que recebi da querida Celina: enquanto voluntários e quando falamos e agimos em nome da ONG, somos apartidários. Mas como cidadãos, e quando fora da atuação voluntária somos suprapartidários, ou seja, estamos acima da ideologia de qualquer partido e todos temos os nossos, partidos, candidatos e preferências – ou não – mas que jamais poderão ser professados em qualquer trabalho realizado pelo Voto Consciente.
Tanto assim que filiados a partidos políticos não podem ser aceitos para o movimento.
Apenas para constar, a respeito de apartidarismo, poucos param para pensar que nós, voluntários de todo o país, trabalhamos para todos os partidos políticos e para todos os seus candidatos ou eleitos, no sentido de mostrar, com imparcialidade, isenção e transparência, aquilo que todos fazem, de bom e de ruim por seus cidadãos.
É preciso que a diferença entre apartidarismo e suprapartidarismo esteja muito clara, já que teremos, em outubro próximo eleições promissoras em termos de disputas acirradas, hostilidades, posturas beligerantes e ar de praça de guerra, considerando algumas demonstrações gratuitas já protagonizadas por candidatáveis de nossa cidade, tanto da situação, quanto da oposição. O clima é de um maniqueísmo viciado, onde tudo parece girar em torno de “quem não está comigo certamente está contra mim”.
Confunde-se facilmente as críticas e elogios feitos pelos voluntários com os da ONG, quando na verdade trata-se apenas de distinguir opiniões pessoais. As opiniões pessoais nunca estiveram e nunca estarão refletidas no trabalho do movimento Voto Consciente, nem em Jundiaí, nem em seus núcleos por todo o país e este é o pacto estabelecido com todos que adentram. Ademais, sobre liberdade de expressão, lembre-nos daquela velha máxima que diz algo mais ou menos como “…posso discordar da opinião alheia, porém jamais poderei negar o direito que todos têm de defendê-la…”
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Muito bom mesmo, saber distinguir esses dois termos são fundamentais para o nosso desenvolvimento!
Suprapartidarismo, creio que todos deveriam ser, para que pudessemos analisar somente o potencial e a maturidade individual de nossos representantes, não dos “políticos” de tal partido.
Parabéns!