Autismo político-social
Autismo político-social
Passamos por uma terrível crise financeira, muitos brasileiros já perderam seus empregos e o cenário não é nada animador; provavelmente esta crise perdurará ao longo do próximo ano e muito outros brasileiros ficarão sem seus empregos.
Não adianta remediar, a marolinha se tornou um tsunami. A crise financeira mundial não deve afetar as vendas desde final deste ano. Á alta do dólar e a desaceleração do crédito afetarão de uma forma avassaladora a classe C em 2009.
E quando um governo, que beira a irresponsabilidade, vem à mídia com um discurso perigoso de estimulo ao consumo, mas se esquece de propagar quais serão os mecanismos de garantia e proteção a esse consumidor caso ele se endivide.
Seria de esperar, que perante estes fatos, nossos governantes e legisladores se debruçassem em saídas para a crise, reduzindo despesas e cortando na própria carne; ledo engano. Ao apagar das luzes do Congresso Nacional e ao bimbalhar dos sinos natalinos nos lares brasileiros, nossos legisladores tentam aprovar, a todo custo, outro trem da alegria, aumentando em 7.343 as cadeiras no legislativo municipal em todo o país.
Será que aumentando o numero de vereadores em todo Brasil seremos mais bem representados? A única certeza que tenho, é que a fatura será paga pelo povo brasileiro, pagando os salários dos assessores, gastos de gabinete, motoristas, carros oficiais, etc.
Existem estudos no Brasil que relacionam a vida pública, ser político, com uma relação direta em se ascender socialmente. Na maioria das vezes esta ascensão social não se restringe ao político eleito, mas a dezenas de apoiadores e familiares; vemos com freqüência os casos de nepotismo, nepotismo cruzado e boquinhas para se alimentar das tetas publicas.
Às vezes estes fatos fazem com que eu beire a depressão; será utópica a busca pelo espírito público?
Onde estão as filosofias e seus conceitos? Só vemos interesses mesquinhos e da busca do enriquecimento pessoal, de projetos político pessoal ou do partido, em detrimento da sociedade.
Analisando todo este cenário identifiquei uma nova patologia: o autismo político-social que é diferente do retardo mental político-social, embora alguns autistas político-sociais também possam ter a patologia do retardo mental político-social.
O que é o Autismo político-social? É uma desordem na quais membros do executivo ou legislativo não conseguem desenvolver relações sociais normais, se comportam de modo compulsivo e ritualista, e geralmente têm alucinações; no caso do Congresso Nacional, por estarem longe de seus lares, nossos legisladores criam sociedades utópicas e alternativas, se distanciando da realidade.
Que as pessoas de bem vejam a política como algo positivo. Indague-se, o que podemos fazer para reverter o cenário atual da política brasileira.
Cidadão de bem, conscientize para a importância do voto e exercício de sua cidadania e cobre dos representantes políticos o compromisso com as causas públicas.
Vote escolha seus representantes que tenham a verdadeira intenção de nos assegurar os valores que formam a cidadania.
Nosso dever não termina no ato de votar, precisamos cobrar e participar. Temos o dever de lembrar os políticos eleitos que eles nos representam e caso não estejam fazendo o que prometeram, devemos nos manifestar.
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. RUI BARBOSA (1849 –1923)
Professor Marcelo Pilon, com carreira em uma multinacional norte-americana, atuou na gerência de treinamento comercial como executivo de treinamento e consultor de negócios. Pós-graduado em Administração Empresarial, com extensão em Didática do Ensino Superior. Conferencista em Educação Empresarial e professor em cursos de Graduação e de MBA; atuou também, como Coordenador de Pesquisas da ONG – Movimento Voto Consciente. www.marcelopilon.com.br
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