Doações ergueram viaduto São João Batista na década de 50
Quarta-feira, 23 de setembro de 2009 05:48
Viaduto permite a transposição sobre os trilhos da Fepasa
José Arnaldo de Oliveira
Agência BOM DIA
Milhares de veículos, pedestres, ciclistas e até charretes passam diariamente pelo viaduto São João Batista, entre o centro histórico e a zona leste, sem suspeitarem que a obra representa também um episódio raro na política jundiaiense.
A construção de parte dessa obra de arte foi realizada com recursos de um livro de adesões que, segundo Leonello Vicente, morador do bairro da Ponte, atingiu 1,2 milhão de cruzeiros em 1950.
“Foram muitas famílias emprestando o dinheiro à prefeitura. Depois o Vasco Venchiarutti quis devolver mas a maioria se recusou a receber”, afirma.
A inauguração em 23 de setembro de 1960 teve o governador Adhemar de Barros, o prefeito Vasco Venchiarutti, o monsenhor Arthur Ricci homenageando a primeira casa do bairro feita pelo capitão Antonio Brites Figueiredo.
Com 260 metros de comprimento e 120 mil quilos de ferro, a obra integrava o viaduto com escadas para a estação de trens da Companhia Paulista.
Seu livro de adesão tem famílias como Borgonovi, Rappa, Guimarães, Azém, Ferreira, De Vito, Pozzani, Corradini, Pelliciari, Zambon, Otero, Paula e Silva, Cereser, Negri, Gonzalez, Berni, Zomignani, Castiglioni, Lasin, Ceccato, Molinari, Moses, Mauro, Bosin, Ungaro, Rocha, de Luca, Carbol, Mingotti, Zanatta, Cecchini, Pessotto, Comparoni, Agnolon, Zicchel, Pires, Lanza, Gaspari, Barbaro, Elias, Matazo, Rossi, Moraes, Fontebasso, Balzanelli, Lazari, Souza Lima, Buzilani, Marquezin, Spiandorello, Guilhem, Leonardi, Meloni, Lorenzetti, Mietto, Degrandi, Tosetto, Algaste, Bocchino, Carvalho, Olivato, Cella, Fehr, Saraiva, Pinatti e tantas outras.
Precedente raro
Para Vicente, o movimento contrasta com as promessas de um segundo viaduto entre a Ponte e o Centro desde 1969. “Ouvimos muitas promessas e anúncios, mas não houve esse entusiasmo único”. Ele lembra que até a estátua do padroeiro foi inaugurada no dia.
fonte: BOMDIA
Deixe uma resposta