Na Câmara, bispo cobra CDP
4/3/2009
O bispo diocesano de Jundiaí, dom Gil Antônio Moreira, cobrou ontem, na Câmara de Vereadores, a conclusão da obra do CDP (Centro de Detenção Provisória), no bairro Tijuco Preto.
A lembrança do líder da Igreja Católica ocorreu durante o lançamento da Campanha “Fraternidade e Segurança Pública”, em intervalo da sessão ordinária do Legislativo. “Em nível local, enquanto não solucionarem a questão prisional com a construção do CDP, os presos continuarão vivendo como animais”, destacou.
A afirmação de dom Gil surgiu justamente após pedido de sugestões do vereador Durval Orlato (PT) ao líder religioso. O petista, ex-deputado federal, foi autor do questionamento ao Ministério Público (MP) que reforçou ação para embargo ambiental da obra, em 2005. “Fiz a pergunta desprendidamente. Esperava uma resposta mais objetiva do bispo de como a Câmara poderia ajudar. Como não houve, vamos ter de usar a nossa criatividade”, argumentou Orlato, ressaltando ter sido vítima de ataques políticos durante a campanha eleitoral do ano passado.
“A situação quer a todo custo atribuir a culpa do CDP não ter dado certo à oposição. Se a obra foi paralisada é porque estava agredindo o meio ambiente.” Em abril de 2007, em visita a Jundiaí, o governador José Serra (PSDB) culpou o embargo da obra a uma “ação de um deputado do PT, contra o interesse público”. Na época, o tucano afirmou que o parlamentar “queria aparecer”.
O CDP é uma unidade prisional com capacidade para 768 detentos em regime fechado, exclusiva para aqueles que aguardam julgamento. Enquanto não é finalizado, todos os presos da Região ficam detidos na Cadeia Pública de Jundiaí, no Anhangabaú. Outra sugestão apontada por dom Gil, ontem, foi a criação de material educativo a ser distribuído nas escolas municipais para promover a “cultura de paz”.
THIAGO GODINHO
fonte: JJ
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