Um ano de erros e acertos
O primeiro ano da nova gestão acabou e a mudança que tanto o jundiaiense queria, finalmente aconteceu, resta saber se esta mudança foi pra melhor ou pra pior.
O primeiro ano de mandato de uma nova gestão não é nada fácil, sabemos disso, mas as criticas não foram nada boas logo no começo por conta de algumas escolhas pra compor a equipe de algumas secretarias, do tipo que parece troca de favores por apoio nas eleições. Algumas polêmicas agitaram e foram motivo de discussões nas redes sociais, como o pastor que foi contratado pela Secretaria de Saúde, o cancelamento de alguns projetos, o fechamento para reforma da Sala Glória Rocha, a mudança de algumas creches para meio período, o cancelamento de algumas oficinas culturais, a contratação da empresa responsável pela decoração de natal por um valor muito alto (em comparação com outras cidades)…
Tiveram alguns acertos também, como a abertura pela Secretaria da Cultura, de edital para 20 oficinas culturais, a valorização do artista jundiaiense em eventos da cidade, novos projetos iniciados, os uniformes escolares que serão entregues aos alunos da rede municipal este ano, o edital da SEMADS para oficinas que serão oferecidas à população, a Festa da Uva que deixou de ser aquele evento comercial e voltou a ser uma festa para a família, a Feira da Amizade que voltou a acontecer, a redução de hora extra e funcionários comissionados…
Do meu ponto de vista acho que faltou diálogo, algumas atitudes deliberadas por parte do poder público, sem consultar a população não foram muito felizes. Não tenho como falar por todas as áreas, mas a que eu participo mais ativamente, a cultura, cometeu várias dessas falhas, a demora em se resolver pendências e solicitações irritaram muito os artistas, compromissos como o catálogo da Galeria Fernanda Perracini Millani que teria que ser publicado no ano passado, não foi cumprido e o prêmio estímulo também foi prometido, mas não saiu.
Mas os artistas também tem sua parcela de culpa, no final do ano foi feito a eleição de novas comissões e do Conselho Municipal de Cultura, a surpresa foi a falta de interesse dos jovens artistas em participar das comissões, com algumas raras exceções, a renovação foi quase nula. Parabéns aos guerreiros que estão a muito tempo lutando pela nossa cultura, e aos que acham que não vale à pena gastar seu tempo participando, não reclamem depois.
Este é um ano pra continuarmos a cobrar e a fiscalizar nossos governantes e não podemos em momento algum, ser vencidos pelo cansaço, e nunca devemos esquecer quem trabalha pra quem.
Enfim, é muita coisa pra se avaliar, então no mês que vem vou tentar fazer uma avaliação mais detalhada da cultura neste primeiro ano, os erros e acertos, então se tiverem algo que acham que eu deveria acrescentar, por favor, me lembrem.
- Mais um ano se passou e a Cultura… - 12/11/2014
- “Não gosto de política” - 14/05/2014
- Estatísticas - 12/04/2014
Cara, acho legal agora detalhar a análise para cultura! Que tal? Viu o que a Cintia escreveu na Garimpo?
“2013 foi um ano de adaptação à nova gestão municipal, mas os artistas não deixaram de cobrar as promessas e compromissos. Manifestações, protestos e uma importante Conferência Municipal de Cultura foram realizados. Bons projetos nasceram (Núcleo Cirandar), renasceram (Feira da Amizade) e morreram (Coral Dons e Tons), enquanto outros ainda não foram retomados, como o Festival Canto Encanto e o Prêmio Estímulo. Finalmente em 2014, a Lei de Incentivo Cultural volta a ser o foco, mas o sucesso do projeto só dependerá da união e organização da classe artística em parceria com o Governo Municipal.”
Em especial, acho que precisamos analisar e debater a situação do Glória Rocha, do Festival Canto Encanto e do Prêmio Estímulo.
Eu acho que a prefeitura de Jundiaí deveria elaborar um programa abrangendo todos os eventos culturais públicos que devem ocorrer no ano e montar junto a secretaria de cultura e os participantes destes uma cartilha de procedimentos,para que a Secretaria tenha sempre nas mãos a rotina que deverá seguir no ano e poder se antecipar na organização e manutenção dos espaços pra esses eventos,até pra ajudar a melhor divulgar esses eventos;porque acho que em Jundiaí,muita coisa referente a Cultura se resolve do dia pra noite e depois é feito as pressas não surtindo o efeito pretendido.
Falta estudar os eventos,pesquisar o público,horários e melhores locais para se realizar,ano a ano quando se tem uma rotina, é possível que se venha a melhorar tanto a organização quanto o público desses eventos.
Ou seja falta planejamento na nossa Cultura e vivemos naquelas perguntas, Será que esse ano tem Festa da Uva ? Será que teremos Feira da Amizade e todos os eventos viram incógnitas em nossa cidade.