Vamos falar de Saúde?
A questão da saúde foi muito discutida no decorrer da campanha eleitoral e algumas ações a curto e médio prazo foram apresentadas essa semana.
De acordo com as notícias que saíram na imprensa jundiaiense, em até quatro anos teremos um novo hospital para a cidade, enquanto o Hospital São Vicente (HSV) será usado para outros fins, não definidos por enquanto, mas ainda a serviço da saúde. Há a possibilidade de transferência da UBS central para lá ou ainda pensar um novo modelo de atendimento de média complexidade e casos específicos, segundo o novo secretário Claudio Miranda.
As novas instalações serão maiores, mais modernas e mais equipadas em alguma das vias expressas da cidade com facilidade de acesso pelas ambulâncias e linhas de ônibus. Nem o local, nem o projeto estão definidos e os recursos deverão vir do governo federal. O HSV funciona hoje em uma construção centenária que foi “remendada” ao longo dos anos. Não há dúvidas que o jundiaiense merece um hospital público que tenha um atendimento de qualidade em um local mais adequado também.
A ideia de um prédio maior, moderno e melhor equipado, projetado para servir também ao corpo técnico é muito interessante.
Em médio prazo, cerca de dois anos, seriam construídas quatro Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) nos bairros do Jardim Novo Horizonte, Ponte São João, Santa Gertrudes e mais um local ainda não definido. A UPA da Vila Progresso, projeto da antiga administração, não foi citada por Miranda em matéria do Portal da Prefeitura. Não vejo motivos para não contemplar a região, mesmo porque a área já foi desapropriada, as casas demolidas e o entulho recolhido.
Nesse mesmo tempo o Hospital Regional ficará pronto. Pensando em sua localização e um dos motivos que influenciaram a decisão da necessidade de um novo hospital (além da superlotação e estrutura deficiente), é o difícil acesso ao centro pelas ambulâncias. O que nos leva a questionar se a escolha do ponto onde será o Hospital Regional não foi das melhores… Afinal, ele fica quase em frente ao HSV. E também não possui estacionamento, por exemplo. Será que não haverá a substituição do HSV pelo Hospital Regional por parte dos usuários? Fica a pergunta.
Há também a intenção de se adequar os horários das UPAs para 24h. Um hospital novo, o Hospital Regional e UPAs nos bairros também são muito interessantes para se estruturar a saúde em Jundiaí.
O mais interessante que li nas últimas notícias é que, finalmente, encontrei alguma fala relacionada à promoção e prevenção em saúde. As doenças crônicas que atingem a maioria da população, como hipertensão arterial e diabetes, são preveníveis por meio de alimentação adequada e atividade física regular. São medidas em longo prazo, mas que apresentam os melhores resultados, mais efetivos, duradouros e econômicos.
O atual secretário afirmou que já entrou em contato com a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e que pretende envolver profissionais na construção de políticas públicas de promoção e prevenção em saúde. Novamente, seria interessante pensar na UPA da Vila Progresso, já que o terreno fica próximo à FMJ. Um novo uso para o prédio atual do HSV poderia ser um centro de promoção e prevenção em saúde. Fica minha sugestão.
Não podemos esquecer que, para o sucesso dessas políticas, deve haver educação em saúde. E que a área da saúde é multidisciplinar, assim sendo, pode-se buscar parcerias também com a Escola Superior de Educação Física (ESEF) e os outros cursos (fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia) que existem no município além da medicina e da enfermagem.
- Quinta-feira, 20 de junho de 2013 - 21/06/2013
- Você quer um bom conselho? - 06/04/2013
- Conselho Municipal de Saúde – COMUS - 06/02/2013
Lívia, gostei do panorama que traçou! Resgatou as promessas de campanha que foram feitas e sinalizou com as suas metas. Isso traz clareza para o acompanhamento que podemos fazer enquanto cidadãos.
Apontou as principais medidas fazendo breves análises.
Gostei bastante de ter apontado a necessidade das políticas de prevenção e promoção da saúde. Espero que desenvolva e compartilhe casos concretos em seus próximos artigos.
Deixo também uma provocação. Nossa FMJ tem Mestrado Acadêmico e cursos de especialização. Por tanto, deve ter pesquisas feitas pelos alunos. Como conseguimos acessar, divulgar e disponibilizar algumas delas, norteando nossos próprios debates e artigos?
abraços do henrique
Obrigada, Henrique!
Tentei nesse primeiro artigo, traçar de uma maneira geral o que podemos esperar e devemos cobrar, como cidadãos, num futuro próximo.
A anotação está devidamente anotada e já ando pensando no assunto 😉
Beijos
*quis dizer a provocação está devidamente anotada, rs
Ola Lívia.
Legal. Vc pontuou muito bem a situação da saúde vista durante e pós eleição. Bacana também o final do artigo onde menciona outros agentes (escolas) dá cidade que podem fazer parcerias com a área de saúde. Gostei. Parabéns.
Oi, Reinaldo!
Fico feliz que tenha gostado! Contarei com a sua ajuda sempre que precisar, rs.
Bjs