Vereador batiza até terreno baldio
20/1/2009
Desde outubro passado, a pequena intersecção entre duas ruas, quase uma rotatória com cerca de 50 metros quadrados, no bairro José Pedro Nunes, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, virou a Praça Maria Eloiza de Nagelo Salese, um local de “lazer e recreação”, como diz a legislação municipal.
A mudança de status e o batismo são autoria do vereador Adolfo Quintas (PSDB). Já o presidente da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues (PR), batizou na zona sul um terreno onde o desempregado Gilberto Pereira, de 41 anos, diz tocar uma escolinha de futebol. Há uma quadra, que ele afirma manter.
Segundo o cientista político Humberto Dantas, da ONG Voto Consciente, a nomeação de espaços públicos é, muitas vezes, uma forma de fazer gentileza ao eleitorado. “São coisas muito paroquiais. Cada vereador busca agradar aqueles que estão à sua volta. Um líder ou a mãe dele. É uma troca de favores.”
Para Dantas, dar nomes a espaços não é, em si, uma atividade reprovável. “Fazer isso, tudo bem. O problema é quando se torna a principal atividade do vereador. Esses projetos de nomes também ocupam assessores, têm um custo, tomam tempo”, afirma.
AGÊNCIA ESTADO
fonte: JJ
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